PATRIMÓNIO
Nova maquilhagem em Santa Cruz
ENCONTROS POLIORCÉTICOS / A Guarda
Executivo local, logo após duas denúncias, viu-se obrigado a reparar murete-parapeito e merlões na fortaleza guardense. Isto é assunto menor se comparado com o problema latente de falta de projeto de gestão do mal chamado “Centro Interpretativo”, bem como o caso dos tocões (para além dos estragos paisagistas causados por duas construções próximas, sinal inequívoca e exponencial da política socialista nestas bandas). Não ousem negá-lo.
É importante que chamemos às coisas pelo seu nome. Reparação de muro e merlões entra dentro das OBRAS DE REVERSIBILIDADE, no entanto se darem condições para repetição de incidências, de ocorrências. Permanecem as causalidades como no primeiro día. Uma vereadoría que não é tal e para a qual não há dedicação exclusiva, compartilhada com Formação e Emprego/Desporto, só pode dar no que está a dar. Trabalham pouco, varrem para o seu e esganam um futuro de certeza promissor. São autênticos inimigos das potencialidades de Santa Cruz. Um caricato Gabinete Técnico de Cultura fez o resto.
Poliorcética, Castellología, não se cingem às versões limitativas da dita “arqueología da paisagem”; o património militar é abrangente, internacional, bem exigente quanto a conteúdos; provavelmente a melhor escola patrimonialista que exista nestes momentos. Não assistimos a um equilibrio entre os supostos arqueológicos e os castilheiros. Mais ainda, a projeção dos arqueólogos não se debruça sobre a contemporaneidade militar dos séculos XVIII ou XIX, nem a compreende. Património militar é um “continuum” no tempo, daí que precisemos de apurados estudos e de uma disciplina própria nesta área. No caso francês, por exemplo, implica-se a povoações inteiras na cultura e preservação dessa herança. Lembrem na Galiza que os seus castros são pura expressão de primigénia poliorcética. Definitivamente, socialistas não são devotos desta rama patrimonial.



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