19 de xul. de 2012

PÓVOA DE VARZIM

Huelgas Ensemble e Gli Incogniti encerram 34º FIMPV

Infogauda / Póvoa de Varzim

A 20 e 21 de julho terão lugar os dois últimos espetáculos da 34ª edição do Festival Internacional de Música da Póvoa de Varzim.
Huelgas Ensemble, sob a direção de Paul Van Nevel, atua na sexta-feira, 20, na Igreja Matriz, às 21h45.
O reencontro de um já lendário agrupamento vocal com o FIMPV (a sua quinta visita) e a proposta de um programa que recorda “coisas do passado” – “à procura dos sons perdidos” –, dividido em duas partes, cada uma como que um espelho da outra: a primeira tem início na época barroca, retrocede no tempo através da Renascença e acaba na Idade Média. A segunda parte encena o oposto, começa a viagem na Ars Antiqua do século VIII e regressa ao ponto de partida – um coral de Johann Sebastian Bach. 


                                                        Huelgas Ensemble
Huelgas Ensemble
O Huelgas Ensemble foi fundado por Paul Van Nevel em 1970 na Schola Cantorum Basiliensis, de Basileia; a sua designação inspira-se no mosteiro cisterciense homónimo próximo de Burgos. No início especializou-se em música contemporânea, mas em breve a sua atividade concentrou-se na música da Idade Média e da Renascença, recorrendo minuciosamente às fontes primordiais e dando uma vital contribuição para o estudo da música antiga através das suas pesquisas publicadas. O agrupamento propõe um surpreendente programa, com trabalhos por vezes desconhecidos de compositores como Nicolas Gombert, Claude Le Jeune, Johannes Ciconia, Pierre de Manchicourt...
As interpretações do Huelgas Ensemble são baseadas numa profunda compreensão das técnicas e práticas vocais da Idade Média e Renascença. Já gravou mais de 50 CDs para a Sony e Harmonia Mundi. Dentre as maiores distinções incluem-se o Prémio Caecilia da imprensa belga, o Choc do Ano de Le Monde de la Musique, um Edison Award, o Cannes Classical Award, o Prix in honorem da Académie Charles Cros e o prémio alemão ECHO Classic.
O Huelgas Ensemble é subsidiado pelo Governo Flamengo e pela cidade de Lovaina.

No sábado, 21, Gli Incogniti, sob a direção de Amandine Beyer, encerra o certame, na Igreja Matriz, às 21h45.
A violinista Amandine Beyer, após a recente publicação da integral das Sonatas e Partitas de Johann Sebastian Bach recebida pela crítica especializada com calorosos elogios, propõe um programa com as obras gravadas recentemente na Igreja Românica de S. Pedro de Rates à frente dos seus Gli Incogniti, (a edição será publicada em breve): um florilégio de concertos revelando a invenção de “Prete Rosso” sob várias formas. Vivaldi era muito admirado pela sua habilidade no violino, mas, no entanto, soube compor para outros instrumentos, como nos mostram as magníficas obras para flauta ou violoncelo incluídas no programa.


                                                       Gli Incogniti
Gli Incogniti
Fundado por Amandine Beyer em 2006, o agrupamento retira a sua designação da Accademia degli incogniti veneziana, e tenta também absorver o espírito do nome que suporta, ao cultivar um gosto pelodesconhecido em todas as suas formas: experimentação de sonoridades, procura de novo repertório, redescoberta dos clássicos, etc.
Gli Incogniti congrega músicos que participaram em diversos projetos ao longo dos anos mais recentes, dando-lhes grande prazer os ensaios e concertos efetuados em conjunto. O seu objetivo prioritário, nesta nova formação, é transmitir uma visão coerente e empenhada das obras que interpretam, orientada pela combinação das suas sensibilidades e gostos. Depois de algumas excelentes críticas sobre as primeiras gravações dedicadas à integral dos concertos para violino de Johann Sebastian Bach (Choc de Le Monde de la Musique, 10 de Répertoire, CD der Monat da revista alemã Toccata), Gli Incogniti apresentou-se nas mais prestigiadas salas de concerto e festivais de música antiga, como a Opéra de Monte Carlo, o Théâtre de la Ville (Paris), Via Stellae (Espanha), Tage Alter Musik Regensburg (Alemanha) ou oFestival de Sablé (França)...
O segundo CD, dedicado às Quatro Estações de Vivaldi, e alguns concertos para violino antes não gravados (Choc de Le Monde de la Musique do ano, 10 de Repértoire), publicado em 2008, foi saudado pela crítica como uma renovação da discografia vivaldiana. Durante várias semanas esteve no top das vendas da música clássica em França.
As duas últimas gravações foram dedicadas a compositores praticamente desconhecidos, como Nicola Matteis (2009) e Johann Rosenmuller (2010). O conjunto explora os diferentes e ignorados trabalhos destes dois compositores. A crítica especializada elogiou ambas as gravações.

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