10 de xan. de 2025

ARCOS DE VALDEVEZ

SONS DE VEZ COM CARTAZ FECHADO PARA 23ª EDIÇÃO 

  Ana Moura, Capitão Fausto, Mão Morta e The Last Internationale são apenas alguns dos 14 nomes que compõem o festival, que regressa à Casa das Artes, em Arcos de Valdevez. 

  O melhor da música nacional faz-se ouvir num total de 8 sábados, de 1 de fevereiro a 22 de março, naquele que é o primeiro festival do ano.




María Joâo Brito / Arcos de Valdevez 

 O Festival Sons de Vez é já uma verdadeira tradição do Município arcuense que marca o arranque dos festivais de música a cada ano.  Nas palavras da edilidade, “em 2025 contamos com alicerces em 14 projetos ecléticos que não deixarão ninguém indiferente ao verdadeiro pulsar cultural e identitário que é o Sons, neste e nos 24 anos que solidificam a sua história e identidade no panorama musical nacional.”  O festival arranca no primeiro sábado de fevereiro ao som de Capitão Fausto. Do enérgico Gazela (2011) à maturidade de Subida Infinita (2024), a banda tem conquistado público e crítica. Ao Sons de Vez trazem o último álbum, que marca a despedida de Francisco Ferreira, refletindo anos de transformação e intensidade. A primeira parte do espetáculo fica a cargo de Bilrus, projeto de João Robim, Márcio Silva e Nuno Biltes, que percorre as vertentes mais alternativas e experimentais do rock, caracterizando-se pela forte presença de elementos da eletrónica. A 8 de fevereiro, Mazgani regressa ao festival com Cidade de Cinema, o seu primeiro disco integralmente em português, consolidando uma carreira marcada por aclamadas digressões nacionais e internacionais. Na mesma noite, Ana Lua Caiano explora a fusão musical, através da junção da música tradicional portuguesa com música eletrónica. No sábado seguinte, a 15 de fevereiro, Selma Uamusse chega a Arcos de Valdevez com um manifesto de esperança, numa celebração pela liberdade e amor. A música e as suas raízes moçambicanas são o mote para uma viagem espiritual que mistura africanidade com influências do rock, eletrónica, afro-beat e experimental. Emmy Curl junta-se ao cartaz no mesmo dia para uma homenagem à herança cultural portuguesa. Pastoral, o seu mais recente álbum, celebra o folclore português e as paisagens mágicas do interior do país. 

 Entramos em março com uma banda de Nova Iorque, mas com “coração” arcuense, que dispensa apresentações. The Last Internationale prometem um espetáculo intenso, combativo e socialmente questionador que revisita alguns dos seus álbuns mais emblemáticos. O aquecimento está entregue a Unsafe Space Garden e à sua peculiar forma de protesto existencial usando os ingredientes do humor, da energia, da cor, do absurdo, do caos e da intimidade. No dia internacional da mulher, 8 de março, mais um regresso celebrativo: toma conta do palco a rainha da soul e do funk Marta Ren. Fundadora dos Sloppy Joe e membro dos Bombazines, é uma das vozes mais carismáticas da música portuguesa. A aquecer esta noite de empoderamento feminino, A SUL, projeto musical de Cláudia Sul, traz paisagens sonoras que transformam as banalidades do quotidiano em expressões empáticas e envolventes, projetando ambientes imersivos. A 15 de março, Jorge Cruz apresenta o muito aguardado disco “Transumante”. Ao vivo, as canções, recriadas no formato de viola e voz, abrem perspetivas diferentes para contemplar uma obra já com três décadas que, em espetáculo, é revisitada através de canções novas e antigas de discos a solo, marcos da discografia de Diabo Na Cruz e fados escritos para outros artistas. Na primeira parte da noite, Diogo Zambujo, jovem cantautor natural de Beja e herdeiro de uma forte tradição musical e familiar, aposta numa abordagem minimalista e emocional, com melodias simples e letras sinceras. Para fechar esta edição com chave de ouro os Mão Morta, que em 2024 celebraram os 40 anos da sua fundação; trazem um espetáculo que reflete a sua postura crítica e interventiva, ligada à luta pela liberdade e contra o fascismo. Através de um espetáculo, que mistura a música de intervenção portuguesa com o rock e experimentalismo característicos da banda, os Mão Morta apresentam uma reflexão sobre o "pós-fascismo"; um regresso sempre desejado ao palco da Casa das Artes arcuense. 

 Para além de todos os concertos e conforme vem acontecendo todos os anos, há ainda no Foyer do Auditório da Casa das Artes arcuense uma exposição fotográfica com a compilação dos momentos mais marcantes da edição anterior. Os bilhetes para a 23ª Edição do Festival Sons de Vez têm um valor de 6€ e 10€ e ficam disponíveis para compra no primeiro dia da semana de cada espetáculo, unicamente via telefone pelo número da Casa das Artes 258 520 520.  

AGENDA  

01 Fevereiro – Capitão Fausto + Bilrus  

08 Fevereiro – Mazgani + Ana Lua Caiano  

15 Fevereiro – Selma Uamusse + Emmy Curl  

22 Fevereiro – Ana Moura 01 Março – The Last Internationale + Unsafe Space Garden  

08 Março – Marta Ren + A Sul  

15 Março – Jorge Cruz + Diogo Zambujo  

22 Março – Mão Morta

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