Forte de S. Francisco, em Chaves
Forte de S. Francisco
José Buiza Badás
Nessa visita obrigada a Chaves, na tentativa de pesquisar as fortificaçons da Raia Seca, acrescento este forte sediado na colina da Pedisqueira e pertinho do rio Tâmega. Enclave que, junto de S. Neutel, a 800 metros dele e o revelim chamado da Madalena, complementam umhas defesas e linhas murárias que arrancam do castelo medievo. Trata-se dum forte abaluartado, de planta centralizada mas rectangular cujos polígonos interno e externo condicionam outros pormenores. Detalhes que é preciso referir e que som os que se seguem:
Esse polígono exterior mede entre guaritas NO e NE, bem como guaritas SO e SE um comprimento de 188 m., nom sendo assim entre guaritas NE e SE e guaritas NO e SO, de 175 metros. As longitudes entre as cortinas oeste e leste, de 127 m. e as do norte e cortina sul, de 110 metros, ratificam um plano que já nom e estrictamente quadrado, senom rectangular. As distâncias entre os vértices dos ângulos flanqueados que tracejam-se em diagonal, somam 260 metros nos bastions NO e SE e 62 m. entre os do SO e NE. Portanto, prevalece aqui o critério axial, simétrico, ainda que o cruzamento de linhas diagonais seja ajeitado.
As instalaçons do interior, sendo como é um estabelecimento hoteleiro que implicou reabilitaçom e novas feiçons, ajusta-se a disposiçons diagonalizadas e também perimetralizadas. Aí estivo durante muito tempo sepultado o primeiro Duque de Bragança, D. Afonso, na Capela que lá continua chamada de Sam Francisco. No exterior, chama a tençom a diferença de alturas nos lenços ou a falta de parapeito nalguns tramos. Alturas que poderám oscilar, reparem, entre os 5 m. e os 20 m. por causa dos desníveis e a adaptaçom ao terreno. Muros de aparelho irregular, salvando cantos, guaritas ou vans, que fazem mistura com obras em silharia para o trabalho pontual de reforço e algum requinte.
As guaritas dos bastions som cilíndricas, com cupulim redondo, corpos em silharia, cordóm a volta e lâmpadas de molduras ou anéis concêntricos.
Dous acessos tem este forte-hotel. A Porta Sul ou de Armas é coroada por umha guarita centralizada, hexagonal e com cordóm a volta que separa silhares, mais trabalhados acima e mais toscos em baixo. Tal guarita apresenta cupulim piramidal, com cornija e pináculo. Um frontóm curvo e partido, onde se inserem os rebaixes para a ponte levadiça e os seus cadeados, alteia-se, peralta-se por forma a abrigar um escudo, criando ademais finas entrâncias que fazem e alfiz integrador, prolongado, atingindo a lâmpada ou base da guarita. O arco de meio ponto tem umha jambagem de 16 peças e as aduelas resumem 2 salmeres, 2 contrachaves, 6 rins e a própria chave.
Também, a entrada oeste, descentrada, recolhe um arco de pior feitura, com aduelagem de 11 peças e chave remarcada, impostas e jambas ou ombreiras em talud. Um entabulamento com arquitrave e cornija sustentam um escudo de quinas, castelos e besantes.
Umha aprimorada jardinagem dá nota a este lenço oeste sublinhando um espaço de acolhimento, declarado Monumento Nacional em 1938, onde nom faltam curiosamente emprazadas a piscina no bastióm sureste e umha pista de ténis no baluarte noreste. O conjunto lembra a tantos outros que converterom praças fortes em estalagens. Tal exemplo temo-lo no no incrível Forte da Conceiçom de Osuna no distrito de Salamanca e a 500 metros da fronteira com Portugal.
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