22 de xul. de 2011

PÓVOA DE VARZIM

Museu Municipal convida a viagem na Idade Média






Infogauda / Póvoa de Varzim




No dia 29 de Julho, sexta-feira, o Museu Municipal irá organizar o primeiro de seis serões que integram a iniciativa designada “Sabores da História”.
A abrir o ciclo, um Serão Medieval que contará com uma conferência proferida por Manuel Real, Director do Arquivo Histórico Municipal do Porto, na Igreja Românica de São Pedro de Rates, às 19h30.
A viagem na Idade Média irá continuar na Casa do Lavrador, às 21h00, onde será servido o banquete com comida da época para que experimentem os gostos medievais. Também não faltará a tradicional animação de um Serão Medieval com música.
A participação nesta actividade está sujeita a uma inscrição no valor de dez euros e o número de inscrições é limitado. Os interessados poderão fazê-lo no Museu Municipal da Póvoa de Varzim ou através do email
museu@cm-pvarzim.pt indicando os dados que constam da ficha de inscrição (Nome; Data de Nascimento; Morada; Código Postal; telemóvel e email) e no Posto dos Correios de S. Pedro de Rates. Os sócios do Grupo dos Amigos do Museu da Póvoa de Varzim beneficiam de um desconto de 25 % no valor da inscrição.

Conferência: "S. Pedro de Rates na Idade Média", Manuel Real
Depois do luxo, ostentação e requinte do mundo romano, o período medieval parece-nos sempre mais brutal, escuro e pouco civilizado. Perdeu-se o cerimonial ligado ao acto de comer, adquirido nas civilizações do médio oriente e transmitido ao mundo por Roma. Numa época em que a guerra contra o infiel, ou contra os vizinhos rivais era uma constante, surge e desenvolve-se um novo cerimonial, inspirado nos banquetes dos monarcas bárbaros que, no entanto, pouco a pouco se vai tornando mais requintado e complexo. Na mesa de banquete, sentados em bancos de madeira ou pesadas cadeiras, os convivas deleitavam-se com doses imensas de carnes diversas: caça, porco, vitela, cordeiro, cabrito ou aves, acompanhadas por pão. A baixela era reduzida: pratos grandes em metal ou cerâmica; copos e canecas de estanho, vidro e, em casos especiais, em cristal de rocha. A comida, sem grandes requintes, era assada, cozida ou guisada e servida quase sem acompanhamento de vegetais, já que estes eram considerados alimentos dos pobres. Jograis animavam o ambiente, alternando com a declamação de Cantigas de Amigo, ou de Escárnio e Maldizer.

Sabores da História
Na sociedade moderna, tecnológica e apressada em que vivemos, pouco tempo nos sobra para os gestos mais comuns dos quais depende a nossa viva. Vive-se e trabalha-se encafuado num espaço restrito, respira-se com dificuldade e nem temos tempo para pensar na origem remota daquilo que comemos e bebemos, durante a rápida refeição ao meio do dia.
O Museu Municipal da Póvoa de Varzim lança um desafio: participar em eventos de animação nos centros históricos da Póvoa de Varzim: desde o núcleo inicial da antiga vila da Póvoa (onde se situa o Solar dos Carneiros, actual Museu Municipal) ao centro histórico de S. Pedro de Rates e a primordial Cividade de Terroso, para tentar compreender como eram, como viviam e o que comiam e bebiam os nossos antepassados, desde a mais remota antiguidade até aos nossos dias.
Numa iniciativa original teremos naqueles locais, entre Julho e Novembro de 2011, um conjunto de iniciativas dedicadas a seis períodos da nossa História, realizadas com a colaboração de reputados historiadores, que nos revelarão pormenores da vida do dia-a-dia de outros tempos. Da iniciativa constará sempre uma ceia onde se tentará redescobrir os aromas e sabores da gastronomia de outrora, rodeados do ambiente e trajes que se usariam então. Das comidas frugais e naturais da Proto-História, aos elaborados pratos romanos, ricos em sabores do Mediterrâneo, dos rudes gostos medievais aos pratos dos tempos das descobertas aromatizados com especiarias do Oriente até aos típicos sabores da gastronomia poveira, deixe-se inebriar pelos paladares e ambientes de outrora e viva nos nossos Sítios Históricos uma experiência única, de “viagem no tempo”, conciliando o relato de histórias e a conversa – elemento fundamental de qualquer serão – com a envolvência do ambiente, sons, cheiros e sabores de épocas distantes.
Também contaremos com a animação tradicional dos “serões”, que, dependendo da época, pode incluir um contador de histórias, música e canto, dança, exercitação de lutas, recitação de poesias, teatro de marionetas, ou outras actividades lúdicas.

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