Embarcação desaparecida há três décadas em exposição na V Feira do Livro Luso Galaica da Ribeira Minho
• De que foi construída agora uma réplica fiel, pelos trabalhadores da Câmara Municipal, e que está exposta nas arcadas dos Paços do Concelho.
Infogauda / Caminha
Até amanhã, quinta-feira, ainda pode ser visitada a V Feira do Livro Luso Galaica da Ribeira Minho, em Caminha, com um programa bastante aliciante, de que se destaca, hoje à tarde, a inauguração da exposição: “500 anos de Camões: a Camoniana da Fundação da Casa de Bragança”. Quem vier a Caminha poderá ainda conhecer o Barco de Vilar de Mouros, uma embarcação desaparecida há três décadas, de que foi construída agora uma réplica fiel, pelos trabalhadores da Câmara Municipal, e que está exposta nas arcadas dos Paços do Concelho. A organização da V Feira do Livro Luso Galaica da Ribeira Minho volta a apostar numa parceria, que reúne as câmaras municipais de Caminha, A Guarda e O Rosal, a União de Freguesias de Caminha Matriz e Vilarelho e o Jornal Caminha@2000.
Há cerca de um ano, na IV Feira do Livro Luso Galaica da Ribeira Minho, foi apresentada a sétima edição do GEPPAV, "O Barco de Vilar de Mouros e outras embarcações do Rio Coura", um livro da autoria de Paulo Torres Bento, Joaquim Aldeia Gonçalves, Basílio Barrocas e Plácido Ranha Silva Souto. Ficou, na altura, o desafio de se proceder à construção de uma réplica da embarcação original, que navegou no Rio Coura durante muitos anos, como apoio à pesca, agricultura, mas também a atividades de lazer, e que desapareceu há cerca de 30 anos.
Foram os trabalhadores da Câmara Municipal a encarregar-se do trabalho, sendo de destacar o papel do carpinteiro do Município, Fernando Silva. Todo o processo foi acompanhado pelo Grupo de Estudo e Preservação do Património Vilarmourense – GEPPAV, um organismo que se dedica à pesquisa, preservação, inventariação e produção de conhecimento sobre o património de vilarmourense, e por António Fiúza. Coube ao Vereador da Cultura da Câmara Municipal, João Pinto, a coordenação de todo o processo.
Este trabalho foi possível graças à investigação de Otávio Lixa Filgueiras, considerado o maior especialista de embarcações tradicionais portuguesas. O Professor Arquiteto Octávio Lixa Filgueiras esteve em Vilar de Mouros há muitos anos, onde ainda encontrou algumas embarcações, que identificou, e das quais deixou os planos que permitiram, agora, reconstruir o Barco de Vilar de Mouros, descrito como um pequeno barco de fundo chato, de proa e popa afiadas, que na freguesia era conhecido também por bateira.
A memória deste exemplar do património fluvial está a partir de agora devidamente salvaguardada e, de acordo com um protocolo entre a Câmara Municipal de Caminha, Junta de Freguesia de Vilar de Mouros e Capitania de Caminha, no futuro, o barco deverá ser colocado na água, pelo menos durante os meses de verão.
No primeiro dia, logo após a abertura da Feira, o tema foi, assim, o património fluvial do concelho e, neste caso, da freguesia de Vilar de Mouros, com uma palestra por Paulo Torres Bento.
Houve também um recital de poesia, pelo ator António Nogueira Neiva.
Hoje, como referimos, o destaque será a exposição sobre “500 anos de Camões: a Camoniana da Fundação da Casa de Bragança”, que ficará patente na Sala dos Presidentes, no edifício dos Paços do Concelho.
A exposição que agora se inaugura e que se insere nas celebrações dos 500 anos do nascimento de Luís de Camões, dá a conhecer algumas das mais marcantes edições da sua obra, assim como pretende assinalar, também, a evolução da iconografia relacionada com o poeta maior da língua portuguesa.
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