9 de dec. de 2017

VIANA DO CASTELO

PATRIMONIO

Salvaguardem  o  fortim  de  Areosa


ENCONTROS POLIORCÉTICOS / (Areosa) Viana do Castelo

 Dirigimo -nos à DGEMN (Direção Geral dos Edifīcios e Monumentos Nacionais) e à correspondente entidade regional do Turismo com o intuito de pedir o fecho do fortim de Areosa, visto o seu degradado estado e a sua potencial perigosidade para os  visitantes. As intervenções recuperadoras  de  1972, 1973 e 1978 deram na prática no torto, de pouco servem no momento presente: deterioração vinda do "hóstigo" marinho, chão inconsistente, lousado superior sobrepujado, acesso fragilizado nos arcos de volta perfeita e escarção, imponência vegetal.   


 Com outros nomes (forte de Vinha, Castelo Velho), esta unidade baterística cria uma verdadeira "Linie" militar costeira, autêntico precedente de outras posteriores, de carácter seriado,  precalculado e complementar de duas posições polares como são Insua e o  forte de Santiago da Barra vianense. No caso destas terminais utiliza-se um fogo polivalente, de opções cardinais; sem embargo, no caso das baterias de Lagarteira (barbeta quebrada, dígase) e as três de  inspiração maneirista (Cão, Paçô e Areosa) usam-se fogos de orientação, condicionados pela própria curva, pelo ângulo de tiro. Os três modelos maneiristas têm por diferença e especificidade a alternância da curva e da recta, a superação do plano clássico do bastião, definido por flancos e faces, bem como o disfarçamento das cortinas ou tenalhas mercê dum encontro de pontas ou angulações desiguais mas simétricas. Já, na Lagarteira, decidem-se as entradas e guaritas viradas para a terra. O fortim de Areosa tem a característica de "sulizar" um bocado essa orientação dos tiros, na linha de "interface" marcada pelo forte de Santiago da Barra.    


 O resultado à vista săo posições precalculadas como avançada na perpendicularidade dita Monte/Veiga/Orla costeira. Estés postos, pertencentes por direito próprio à história das baterias militares europeias de natureza preindustrial, marcam toda a diferença no esquema da Fortrans, visto que deviam ser inseridas no programa defensivo futurível decorrente da Guerra de Aclamação. Foram ultimadas raiado o século XVIII, mais ano menos ano, e influenciaram o desenvolvimento de ulteriores construções para a defesa cara o mar e a pirataria do Salé marroquino e os algerianos, entre outros. Em definitivo, deviam integrar um Fortrans marinho complementar. Também, de sublinhar, o abandono que sofrem estas unidades em tudo quanto é sitio. Os IIP (Imóveis de Interesse Público) são como os BIC espanhóis, entre o desleixo, a transferência para mãos irresponsáveis e o protelar de verdadeiros planos de gestão castellológica, no nosso caso.

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