Projeçons angulares e de fogo em Sám Lourenço, Goiám
José Buiza Badás
Ainda que com semelhanças nas planimetrias, Ínsua e Sám Lourenço oferecem diferenças relativas à disposiçom dos espaços, sejam estes perimetrais ou diagonalizados. Ambas plantas respondem a um modelo centralizado e estrelado onde se pode apreciar umha ampla gama de projeçons de linhas e de fogos. Noutras fortificaçons, as muralhas coadunam-se com topografias difíceis, experimentando um corrimento e desenvolver dos lenços e dos bastions alongado, de orientaçom e de adaptaçom a cotas variáveis, por vezes íngremes.
No caso de Goiám, o cruze de diagonais cria umha compactaçom centralizada, ainda que a praça de armas seja um rectângulo transmitido nos seus polígonos interno e externo e exista, de feito, essa outra planta estrelada. Esse carácter centrípeto vem reafirmado polos comprimentos de cortinas e baluartes. Sendo assim, temos linhas de defesa rasante similares, decorrentes da projeçom linear de cada frente até o ângulo do flanco oposto.
Cada face ou frente tem em Goiám de entre 37,5 - 38 metros; os flancos medem 12,5 - 13 metros. E as cortinas implicam, finalmente, com a mediçom toda: Dous comprimentos diferentes,de 60 e 79 metros, determinam aquele âmbito em planta. Os baluartes recolhem um perímetro de 100 metros, cada um deles. Desta maneira, poder-se-ía fundamentar umha sistemática de projeçons bem regulares que salientassem as Linhas Capitais, os Rádios menores, os maiores e os rectos, ou a angulaçom inerente a todo o recinto: Do polígono mais externo, ou Entre baluartes e centro da praça, os próprios ângulos Diminuidos, os Flanqueados, os Resultantes de face e flanco, esses outros da Tenalha ou os do Fogo, que nom fariam senom corroborar a citada centralizaçom estratégica perante um inimigo sitiante.
Na realidade, planos, linhas e artilharia vam de mans dadas nesta nova forma de fazer a guerra. Em Goiám, que segue um modelo clássico central, diferente dumha Ínsua que se adapta a pre-existências interiores e que dispom umha dimensom menor, afirmam-se ainda mais se cabe valências ligadas à tangibilidade, à obra feita, compacta, bem como à importância extrema daquele local no Minho.
Sám Lourenço devia ter sido implementado de fora para dentro, sem acréscimos pretensamente paisagistas como os que tem agora, mesmo com algum centro interpretativo que tivesse dado entralidade geográfica à Fortrans. Mas o que nom tem remédio, remediado está.
Forte de San Lourenço em Goiám
Forte de Sam Lourenço, 2ª parte
Forte de San Lourenço em Goiám
Forte de Sam Lourenço, 2ª parte
Ningún comentario:
Publicar un comentario